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O cartão de crédito representa praticamente 40% do consumo das famílias para o PIB brasileiro. O que isso significa? É muito simples, o crédito oferecido e suas facilidades, como o parcelamento sem juros, passaram a ser uma prática dos brasileiros em vista de diluir suas dívidas em períodos maiores pelo parcelamento e obter uma folga financeira, assim como usar o cartão como um crédito realmente.

Hoje os brasileiros possuem em média a partir de dois cartões de crédito. Isto porque os benefícios oferecidos são atraentes em relação ao cashback, milhas e isenção de anuidades.

Como funciona o rotativo do cartão de crédito

Dentre os benefícios do cartão de crédito já citados, o rotativo do cartão revela juros muito altos para quem não consegue quitar a fatura no final do mês. Geralmente, esses juros chegam a mais de 400% por ano.

O rotativo do cartão de crédito ocorre quando o titular do cartão não consegue pagar a fatura integralmente, limitando apenas a uma parcela do total cobrado. Neste caso, serão cobrados juros sobre os valores em aberto.

Um exemplo: suponhamos que o valor da fatura devida é de R$ 1000,00, e o titular do cartão pagou apenas R$ 100,00. Neste caso, incidirão juros sobre R$ 900,00, para o próximo mês. Com o rotativo acionado após o pagamento do mínimo, o restante passa a ser financiado com juros.

Quais são os critérios para a cobrança de juros?

Valor não pago da fatura: os juros incidem apenas sobre o saldo que não foi quitado.

Prazo de permanência no rotativo: quanto mais tempo o consumidor permanece no rotativo, maior o valor final da dívida.

Perfil de risco do cliente: instituições financeiras podem aplicar taxas diferentes conforme o histórico de crédito do consumidor.

Tipo de cartão: Cartões de lojas ou de bancos digitais podem ter políticas de juros distintas.

Mas por que os juros do rotativo são tão altos?

Os juros do rotativo são altos porque, em contrapartida, é uma forma de compensar a prática oferecida de crédito e parcelamento sem juros.

Além disso os altos juros cobrados e pagos pelos clientes através do rotativo, financiam os benefícios oferecidos aos clientes que pagam a fatura em dia e não geram receita direta para os bancos. Esse sistema de compensação chamado de subsídio cruzado cria um fenômeno sistêmico praticamente injusto dentro desse cenário.

No entanto o governo já tentou intervir sobre esta questão, a fim de buscar uma solução junto aos bancos e instituições financeiras para que os juros deixem de promover o alto endividamento. Mas não houve uma solução concreta.

Deste modo entre as principais características que estão atrelados aos altos custos do rotativo, estão:

Alto risco de inadimplência: o rotativo é acionado quando o cliente não paga a fatura integral, o que já indica fragilidade financeira.

Ausência de garantias: diferente de um financiamento de veículo ou imóvel, o banco não tem um bem para recuperar em caso de calote.

Custos operacionais e inadimplência embutidos: os bancos precificam o risco médio da carteira de clientes.

Principais motivos para negociação de dívidas

Mesmo com planejamento, imprevistos acontecem. Perda de emprego, emergências médicas ou descontrole financeiro podem levar ao acúmulo de dívidas. Os principais motivos que levam à negociação são:

Inadimplência prolongada: Quando o consumidor deixa de pagar a fatura por vários meses, os juros e encargos tornam a dívida impagável.

Comprometimento da renda: Quando a parcela da fatura consome uma parte significativa do orçamento, é hora de renegociar.

Oferta de melhores condições: Muitas vezes, os bancos oferecem descontos ou parcelamentos com juros menores para recuperar o crédito do cliente.

Evitar negativação: Negociar evita que o nome do consumidor seja incluído em cadastros de inadimplentes, como SPC e Serasa.

Negociar dívidas é uma forma eficaz de reorganizar as finanças e recuperar o controle do orçamento. Bancos e instituições financeiras frequentemente disponibilizam canais digitais e participam de feirões de renegociação, oferecendo condições especiais, como prazos estendidos e descontos, para facilitar o pagamento e evitar o acúmulo de juros.

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