As finanças pessoais são um aspecto fundamental da vida de qualquer indivíduo, influenciando não apenas a qualidade de vida, mas também o bem-estar emocional e a capacidade de alcançar objetivos a longo prazo. No entanto, muitos enfrentam desafios financeiros que podem resultar em estresse e dificuldades. Diversos fatores podem contribuir para esses problemas, e é importante compreendê-los para adotar estratégias eficazes de gestão financeira.
Falta de uma reserva de emergência
Uma das causas, e que fazem as pessoas se endividarem é a ocorrência de necessidades financeiras inesperadas. O fato de precisar uma quantia em dinheiro e não ter, faz com que a pessoa recorra ao empréstimo com juros as vezes altos. Uma reserva de emergência é um recurso básico que a pessoa deve ter para que isso não aconteça.
As reservas de emergência são recursos financeiros ou investimentos com alta liquidez, para que fique disponível na medida que precise em uma eventualidade. Um exemplo disso é um CDB com liquidez diária ou uma poupança. Desta forma estará livre de endividamentos em função de empréstimos caros.
Não ter clareza das saídas e entradas de recursos
Os aumentos de recursos gastos podem caracterizar um descontrole financeiro quando estiver ligado à muitas despesas desnecessárias. Isto deve-se ao fato da conquista de um padrão de vida mais elevado com um significativo aumento em suas receitas. Neste caso a pessoa decidiu elevar o nível de seu estilo de vida. Essa decisão contraria algumas opiniões em achar que não há nada de ruim nisso, porém quando isso se torna muitas saídas de recursos, e de forma constantes, temos aí a falta de clareza e o descontrole financeiro.
Uma solução para esta questão é a elaboração mensal de um orçamento financeiro. Com esta prática, poderá analisar a situação em que se encontra e pautar decisões inteligentes.
O consumo imediatista pode ser reflexo do comportamento ou do cenário econômico
Quando falamos que as pessoas podem ser levadas pelo movimento de mercado, onde a taxa de inflação ao ditar uma alta, faça com que ocorra gastos imediatistas, simplesmente porque a preferência é comprar hoje, para evitar uma alta nos preços no futuro, caracterizando despesas impulsivas. Abaixo relacionamos outros fatores:
Despesas impulsivas
São compras não planejadas, muitas vezes motivadas por emoções ou pressões sociais e que podem comprometer a saúde financeira.
Gastos excessivos
Gastar mais do que se ganha é uma das principais causas de problemas financeiros. Compras impulsivas e falta de orçamento podem levar rapidamente ao endividamento.
Falta de planejamento financeiro
Não ter um orçamento ou plano financeiro pode dificultar o controle das despesas e a definição de metas financeiras.
Dívidas altas
Empréstimos, cartões de crédito e outras formas de dívida podem se acumular rapidamente se não forem gerenciados corretamente, levando a juros elevados e problemas para quitar os pagamentos.
Desemprego ou renda instável
Perder o emprego ou ter uma renda irregular pode dificultar o pagamento das contas e a manutenção do padrão de vida desejado.
Emergências e despesas não planejadas
Despesas inesperadas, como reparos de carros ou contas médicas, podem desequilibrar finanças bem planejadas.
Falta de educação financeira
Não entender conceitos básicos de finanças, como juros compostos e investimentos, pode levar a decisões financeiras ruins.
Hábito de não poupar
Não ter o hábito de economizar regularmente pode deixar você vulnerável a emergências financeiras e limitar suas oportunidades de investimento.
Influências sociais e pressão de grupo
Pressões sociais para manter um certo estilo de vida ou acompanhar amigos e parentes nas despesas podem levar a gastos desnecessários.
Outro ponto a considerar nas práticas habituais, é a taxa de inflação, isto é, quando ocorre gastos desnecessários, ou um aumentando absurdamente nos gastos em razão de consumos imediatistas. Essa situação pode ter algumas explicações, quando um gasto é de fato uma oportunidade de negócio, ou não, ou quando de fato a inflação deprecia o real valor do dinheiro.
Vale ressaltar que um investimento atrelado a taxa de inflação pode proporcionar um resultado positivo, e uma maneira de enxergar o mercado de forma diferente.
A teoria da preferência temporal
Um habito comportamental imediatista pode ser explicado através da teoria da preferência temporal, onde as pessoas valorizam o consumo presente em relação ao consumo futuro. É uma teoria desenvolvida pelo economista Irvin Fisher (1976). Se trata de as pessoas quererem gastar hoje em vez de investir no tempo futuro. Essa teoria demonstra o aspecto comportamental, indicando a impaciência das pessoas. Isso impede das pessoas em poupar, ao ponto de aceitar pouco dinheiro, em vez de receber bem mais dinheiro amanhã.
Teoria da preferência temporal x Taxa de inflação
Em resumo, a teoria da preferência temporal e a taxa de inflação estão interligadas nas decisões econômicas, influenciando como indivíduos e sociedades planejam seu consumo e investimento ao longo do tempo.